Se a “Pequenas Empresas Grandes Negócios” não sabe o que é software livre (vide post anterior), vejamos então a Folha de São Paulo, será que sabe dizer alguma coisa sobre música?
Acabo de ler a maior sandice que já encontrei num artigo que tenta falar de música séria:
“As obras de Debussy não chegaram a revolucionar a história da música, mas influenciaram muitos artistas renomados como Ravel, Satie e Bartók, marcando o fim da era wagneriana.”
Ocioso reclamar: dizer que Debussy não revolucionou a música é não saber absolutamente nada sobre composição. A anta que escreveu isso na Folha de São Paulo parece achar Debussy inferior (e “menos renomado”) a Ravel, Satie e Bartók. Estamos falando do pai da música moderna... Até o ponto em que essas coisas podem ser “medidas” (foi a Folha quem começou, hein?), a obra de Debussy é freqüentemente mais complexa, abstrata, original e influente que a dos outros gigantes mencionados — especialmente Satie, que pode ser considerado basicamente um humorista musical.
O erro só é grave para quem ainda acha que jornal e revista são fonte de informação. Mas precisa ser muito inocente para ainda estar nessa fase, a essa altura do campeonato...
Não adianta, quem trabalha para a indústria cultural vai direto para o inferno!
Que Debussy ele mesmo fale, e que depois disso nenhum animal de orelhas grandes zurre.